“O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram,
a mim, a fonte de água viva; e cavaram suas próprias cisternas,
cisternas rachadas que não retêm água”.
Esse é o motivo de o pecado ser uma loucura
inimaginável. Uma traição sem tamanho. Uma apunhalada pelas costas. Mas é
preciso dizer também que essa loucura é a nossa realidade, não importa
por onde olhemos.
Mas que loucura? Talvez alguém pergunte – não você
que está lendo, é claro. E eu respondo – pensando como alguém não pode
ver tal coisa, porque para mim a pergunta soa do mesmo jeito quando uma
pessoa, em um dia ensolarado, pergunta onde está o sol:
A loucura é: que o pecado sempre é uma troca, uma
péssima troca que fazemos. Trocamos a Deus – a fonte de água viva – e
construimos as nossas cisternas – cisternas que não retêm águas. Será
que você já consegue ver tal loucura?
Nós trocamos aquele que é eterno por coisas e pessoas temporárias – que são nada comparado com o Deus eterno.
E toda vez que realizamos essa troca, sentimo-nos um
pouco mais tristes, um pouco mais vazios, um pouco mais desapontados e
fracos, mas por que continuamos fazendo essa troca?
Trocamos a Deus – o glorioso, o onipresente,
onisciente, onipotente, bondoso, justo, amoroso, misericordioso,
recompensador, incomparável, infinito e a lista ainda é muito maior –
por coisas temporárias, as quais as traças corroem e as quais os ladrões
roubam. Elas duram por um tempo. Depois queremos uma outra coisa que os
substitua. Um novo celular. Um novo carro. Um novo relógio. Uma nova
roupa. E depois queremos de novo as mesmas coisas, porém mais novas,
mais atuais, mais bonitas, mais dentro da modinha*. Ou trocamos a Deus –
o Rei e Senhor de todo o Universo – por pessoas. Preferimos as piadas e
as brincadeiras e as saídas com os amigos da faculdade à manter nossos
valores firmes. Fazemos de tudo para entrar no grupo, mesmo que tenhamos
que deixar a sanidade de andar nos caminhos de Deus e tomar para si a
estrada da perdição.
E a triste verdade é que fazemos isso porque pensamos
sinceramente que é isso que vai nos trazer felicidade. Vida. Alegria.
Mas será que é?
Então vem a sentença, crua e profunda ( na lata ): ” e
cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm
águas”. O que Deus quer nos dizer com essa sentença? Simples. Que o
nosso coração nunca, nunca, nunca, nunca, nunca se satisfará com outra
coisa ou outra pessoa que não seja Deus. As nossas trocas nunca trarão a
alegria e a felicidade que Deus – a fonte de água viva – trará. Só ele
pode saciar a sua sede. Somente Ele é capaz. Não existe qualquer outra
possibilidade. Mas por que eu e você continuamos fazendo essa louca
troca?
Mas Deus – a fonte de água viva – nos chama:
“Venham, vamos refletir juntos”, diz o Senhor. “Embora
os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão
brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se
tornarão.” Isaías 1:18.
Renda-se. Arrependa-se. Volte-se novamente para o
Deus que é a fonte da nossa vida, a fonte da verdadeira felicidade e
alegria. E deixe para sempre as suas cisternas de lado, porque elas não
foram criadas para ser o que só Deus pode ser. Abra mão e feche-a
novamente. Mas a feche segurando a mão do Senhor em total rendição e
você verá como é muito melhor assim. Sempre é.
nota: *Não estou dizendo que ter ou
buscar essas coisas seja algo errado, apenas estou afirmando que quando
essas coisas tomam o nosso coração de tal forma que passamos por cima
das prioridades que devemos ter como cristão e do nosso amor por Deus,
sim isso é uma loucura.
Por F. P. Mastrillo
Publicado originalmente em Evangelho Urbano
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