domingo, 22 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
O Ancião e o Ovo
Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem. 2 Coríntios 8:12
Justus Devadas, presidente da instituição
adventista de ensino Spicer Memorial College, Índia, contou uma história que,
em minha opinião, é repleta de graça.
Há muitos anos, Justus ajudou a fundar várias
igrejas em vilarejos ao sul da Índia e, certo dia, decidiu visitá-las. Em uma
determinada igreja encontrou apenas um pequeno grupo reunido com o pastor para
o culto. Mas, para a surpresa de todos, o ancião não estava presente.
– Ele é tão fiel! – afirmou o
pastor. – Nunca falta a nenhuma reunião. Assim, esperaram e esperaram para
começar o serviço de culto. E nada de ancião. Decidiram, então, começar sem
ele.
Próximo ao fim da reunião,
Devadas viu um senhor de idade entrar na igreja, um homem simples do vilarejo,
vestido com trajes modestos.
– Sinto muito pelo atraso – ele
disse ao pastor. – Gostaria muito de ter chegado aqui no horário, mas percebi
que não tinha dinheiro para dar de oferta. Pensei em apenas uma forma de trazer
uma oferta, minha galinha. Fiquei esperando ela botar um ovo. Quis apressá-la,
mas ela nem se incomodou!
Com isso, o ancião enfiou a mão no bolso e retirou a oferta – um ovo cuidadosamente embrulhado.
Penso na abundância de coisas que possuo – tudo de que preciso e muito mais – e fico emocionado com a dedicação amorosa desse homem. As pessoas que levam suas ofertas de bom grado ao grande Doador, não para ganhar aprovação, mas com o coração repleto de gratidão – dessas é o reino do Céu.
No Antigo Testamento lemos a
respeito de um erro cometido pelo rei Davi. Uma praga sobreveio ao povo. Muitas
pessoas morreram desde Dã até Berseba, do norte ao sul. No momento em que o
anjo destruidor estava prestes a assolar Jerusalém, o profeta Gade disse ao rei
que construísse um altar na eira de Araúna, o jebuseu, local em que o anjo
havia parado. Ao se encontrar com Davi, Araúna lhe ofereceu a eira e os bois
para o sacrifício sem cobrar nada. Mas Davi respondeu: “Não! Faço questão de
pagar o preço justo. Não oferecerei ao Senhor, o meu Deus, holocaustos que não
me custem nada” (2Sm 24:24).
O rei e o ancião. Três mil anos entre eles, mas o mesmo espírito.
Fonte: Casa Publicadora Brasileira
Fon
domingo, 8 de abril de 2012
A Canção de Karem
Mas eu sou verme, e não homem, motivo de zombaria e objeto de desprezo do povo. Salmo 22:6
“Sangrou meu Salvador? Morreu meu Soberano? Daria Ele a santa fronte por um verme como eu?”, escreveu Isaac Watts em um de seus famosos hinos. Desde então, algumas pessoas têm ignorado a última frase.
Em nossa era em que reina a psicologia do “sentir-se bem” e da
“autorrealização”, foi colocada de lado a antiga teologia que afirma que
somos vermes diante da glória de Deus. Uma geração que nega a
existência do pecado certamente não quer ser humilhada por expressões
como essa.
Do ponto de vista bíblico, no entanto, Isaac Watts estava correto.
A boa-nova sobre Deus começa com a má notícia a nosso respeito. Perante
Ele, nossa justiça é como trapos de imundícia. Não há nada em nós
mesmos que nos torne dignos de sermos aceitos pelo Pai. Nada. Realmente
somos vermes. Enquanto não admitirmos nossa grande necessidade, a
Palavra não poderá prover Sua graça.
A teologia do “verme” tem dois lados. Um deles possui um aspecto aterrorizante e até mesmo fatal.
Durante uma longa viagem de avião rumo a outro país, me cansei de
ler e decidi colocar o fone de ouvido para avaliar a seleção de música
disponível. Uma voz da geração passada – agradável, nostálgica, com um
toque de tristeza – soou pelo sistema de som. Abri o guia de
entretenimento e li que o programa oferecia canções selecionadas de
Karen e Richard Carpenter.
Karen Carpenter! Sua história veio à minha memória ao ouvir
novamente a voz melancólica. Karen, acompanhada pelo irmão, Richard,
conquistou grande sucesso como cantora na década de 1970, chegando a
somar mais de cem milhões de cópias vendidas até a década de 1990.
Encantadora e amada, Karen se tornou ídolo de muitas jovens. Porém,
apesar da fama conquistada, Karen sofria de baixa autoestima. Ao
observar-se no espelho, essa mulher atraente não conseguia parar de
pensar em quanto era feia. Em 1983, Karen, aos 32 anos de idade, faleceu
de parada cardíaca provocada pela anorexia nervosa. Por vários anos ela
se obrigou a passar fome. Na época, parecia quase impossível aceitar a
explicação de seu falecimento, mas desde sua morte trágica essa condição
tem se tornado bem conhecida na vida de outras jovens.
O outro lado da teologia do “verme” é aquele que eu gostaria que
Karen Carpenter tivesse conhecido. Aos olhos de Deus não somos vermes.
Somos amados, preciosos, especiais, lindos. Somos príncipes e princesas
do Rei do Céu.
fonte: Meditações Matinais. Casa Publicadora Brasileira
Assinar:
Postagens (Atom)