sábado, 14 de novembro de 2015

Marche

Diga ao povo que marche. Êxodo 14:15, NTLH

Hoje, ao acordar, relutei em aceitar as barreiras existentes no caminho que estou percorrendo. Por acreditar que esse caminho está de acordo com a vontade de Deus, gostaria que fosse linear, sem muitas curvas ou obstáculos.

Procurei na Bíblia não só a explicação, mas também o conforto para a minha ansiedade e angústia. Então me deparei com o povo de Israel saindo do Egito. Quando o rei deixou que o povo israelita saísse do Egito, eles saíram armados para guerrear. Embora fosse mais rápido avançar pelo caminho que passava pelo país dos filisteus, Deus não os levou por ali, pois deve ter pensado: "Não quero que os israelitas mudem de ideia e voltem para o Egito, quando virem que terão de guerrear." Por isso, Deus fez com que o povo desse uma volta pelo caminho do deserto, em direção ao Mar Vermelho.

Seguindo pelo caminho mais curto, mesmo estando preparados para a guerra, poderiam se debilitar, perder membros na batalha e alguns desanimar e retornar. Quem sabe venceriam a guerra e atribuiriam a si mesmos a glória da vitória.

Indo pelo caminho das montanhas, teriam tempo para se fortalecer e se reconhecer como um povo. Tempo para se organizar e gerir as dificuldades na ordem em que surgissem. Tempo para ver e sentir segurança no Deus que os estava guiando por meio da coluna de nuvem de dia e da coluna de fogo à noite.

Os soldados egípcios foram atrás do povo de Israel que, ao ver-se sem saída, entre o mar e as montanhas, ficou apavorado. Os israelitas recorreram a Moisés, que lhes disse: "Não tenham medo. Fiquem firmes e verão que o Senhor vai salvá-los hoje. O Senhor lutará por vocês." Moisés, como representante do povo, pediu ajuda a Deus, que lhe respondeu. O Mar Vermelho foi aberto e, dessa forma, puderam vivenciar a mais linda história do livramento de um povo contada até os dias de hoje. Tiveram a oportunidade de ver Deus lutar por eles. Seu dever era tão somente marchar.

Senti que Deus havia me respondido por meio dessa mensagem e que a ordem era: "Marche!" Certamente, fiz muitas reflexões durante minha sinuosa caminhada. Muitas arestas já foram cortadas. Lancei sementes no solo pelo qual passei. No entanto, quem colherá os frutos, eu não sei.

Continuo minha jornada, certa de que, na hora e da forma que Ele quiser, o mar se abrirá.

Por: Ieda Domiciano Pinto
Extraído de Meditação da Mulher 2015

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