Eis que a virgem… dará à luz um filho, e Ele será
chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Mateus 1:23.
O brilho do “conhecimento da glória
de Deus” vê-se “na face de Jesus Cristo”. Desde os dias da eternidade o Senhor
Jesus Cristo era um com o Pai; era “a imagem de Deus”, a imagem de Sua grandeza
e majestade, “o resplendor de Sua glória”. Foi para manifestar essa glória que
Ele veio ao mundo. Veio à Terra entenebrecida pelo pecado, para revelar a luz
do amor de Deus, para ser “Deus conosco”. Portanto, a Seu respeito foi
profetizado: “Será o Seu nome Emanuel.” Isaías 7:14.
Vindo
habitar conosco, Jesus devia revelar Deus tanto aos homens como aos anjos. Ele
era a Palavra de Deus — o pensamento de Deus tornado audível. Em Sua oração
pelos discípulos, diz: “Eu lhes fiz conhecer o Teu nome” — misericordioso e
piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade — “para que o amor
com que Me tens amado esteja neles, e Eu neles esteja”. João 17:26. Mas não
somente a Seus filhos nascidos na Terra era feita essa revelação. Nosso
pequenino mundo é o livro de estudo do Universo. O maravilhoso desígnio de
graça do Senhor, o mistério do amor que redime, é o tema para que “os anjos
desejam bem atentar”, e será seu estudo através dos séculos sem fim. Mas os
seres remidos e os não caídos encontrarão na cruz de Cristo sua ciência e seu
cântico. Ver-se-á que a glória que resplandece na face de Jesus Cristo é a
glória do abnegado amor. À luz do Calvário se patenteará que a lei do amor que
renuncia é a lei da vida para a Terra e o Céu; que o amor que “não busca os
seus interesses” (1 Coríntios 13:5) tem sua fonte no coração de Deus; e que no
manso e humilde Jesus se manifesta o caráter dAquele que habita na luz
inacessível ao homem.
Contemplamos Deus em Cristo. Olhando
para Jesus, vemos que a glória de nosso Deus é dar. “Nada faço por Mim mesmo”
(João 8:28), disse Cristo; “o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai.”
João 6:57. “Eu não busco a Minha glória”, (João 8:50), mas a “dAquele que Me
enviou”. João 9:4. Manifesta-se nestas palavras o grande princípio que é a lei
da vida para o Universo. Todas as coisas Cristo recebeu de Deus, mas recebeu-as
para dar. Assim nas cortes celestes, em Seu ministério por todos os seres
criados: através do amado Filho, flui para todos a vida do Pai; por meio do
Filho ela volve em louvor e jubiloso serviço, uma onda de amor, à grande Fonte
de tudo. E assim, através de Cristo, completa-se o circuito da beneficência,
representando o caráter do grande Doador, a lei da vida.
Ellen
G. White, Refletindo a Cristo, pág. 07.
 
 
 
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