quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Cidade de Refúgio

Depois Moisés escolheu três cidades no lado leste do rio Jordão para onde poderia fugir qualquer homem que, sem querer ou por engano, tivesse matado alguém de quem não tinha ódio. Em qualquer uma dessas cidades esse homem estaria seguro, e ninguém poderia matá-lo. Deuteronômio 4:41,42

O sol causticante tornava a jornada ainda mais hostil, mas qual alternativa restava para Irão, senão percorrer aquele caminho até chegar a uma cidade de refúgio? Ele era pastor de ovelhas na antiga terra de Israel e, na manhã daquele dia, um rapaz, filho do vizinho, veio provocá-lo. O jovem acusava Irão de soltar seus animais para pastarem em suas plantações, e isso era mentira.

Quando Irão virou as costas para encerrar a discussão, foi atacado pelo garoto com socos e empurrões. O pastor se esquivou dos golpes e o agressor tropeçou em uma pedra, caindo em uma profunda vala que existia no local. Com dificuldade, o homem desceu pelo paredão pedregoso e constatou que o jovem acusador havia morrido na queda.

Quando escalava a rocha para sair da vala, Irão pensava em suas possibilidades. Ele não podia esperar ou informar a família do jovem sobre a morte, pois os irmãos dele não acreditariam em sua versão e o matariam. Ele decidiu correr até a casa de seu pai, contar o fato e pedir que sua família relatasse aos vizinhos o acidente. Enquanto isso, ele iria para uma das cidades de refúgio, onde ninguém poderia executar a vingança sem um julgamento justo dirigido pelas autoridades locais.

No antigo Israel, as cidades de refúgio serviam para que assassinos sem culpa ficassem protegidos da vingança de familiares que quisessem fazer justiça pelas próprias mãos antes de qualquer juízo. Ellen White explicou o tema: "As cidades de refúgio designadas ao antigo povo de Deus, eram símbolo do refúgio provido em Cristo. O mesmo Salvador misericordioso que designara aquelas cidades temporais de refúgio, proveu pelo derramamento de Seu próprio sangue aos transgressores da lei de Deus um retiro seguro, aonde podem eles fugir em busca de garantia contra a segunda morte" (Patriarcas e Profetas, p. 516, 517).

Deus é nosso refúgio. Quando o pecado nos cerca, podemos recorrer à Sua proteção, certos de que nEle há justiça e perdão.

Por Denis Cruz

Extraído de Inspiração Juvenil 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário